Trígono – Entendendo esse Harmônico Aspecto Astrológico

trigono

Trígono. A fluidez mais natural que pode acontecer no céu e na vida. Um aspecto planetário harmônico bastante comum em mapas natais, porém que precisa ser ativado com a força da consciência.

Se você for um iniciante em Astrologia e não souber bem o que são aspectos planetários, sugiro fortemente dar uma lida nesse outro artigo aqui do Jardim Astrológico para entender melhor o contexto dessa nossa conversa:

Os aspectos planetários

Além das noções gerais dos aspectos, vale ressaltar que o significado deles em um mapa astral só podem ser compreendidos se você tiver o conhecimento profundo do significado das casas astrológicas, bem como das dignidades planetárias.

Dito isso, vamos em frente!

Os aspectos planetários harmônicos

Nível: intermediário

Os aspectos nada mais são do que o relacionamento entre os planetas. De acordo com a distância e o posicionamento angular entre eles, o diálogo num tom de cooperação ou de tensão. 

Para os que adoram investigar o próprio mapa ou para os que fazem da Astrologia o seu ofício, os aspectos são um verdadeiro deleite que nos permitem entender a sagrada conversa que brota no céu entre os planetas. 

Já vimos aqui no Jardim Astrológico como funciona a fluência do sêxtil, um aspecto harmônico entre planetas que se encontram em casas e signos de elementos complementares.

Agora vamos estudar o trígono, outro aspecto harmônico que funciona de forma diferente do sêxtil. 

Um pacto entre nós

Depois do estudo de agora, nunca mais vamos concordar com interpretações simplistas de aspectos que colocam o trígono e o sêxtil como se fossem a mesma coisa! Combinado?

O Trígono (120º)

Se dois planetas estão distantes 120º um do outro, estão em trígono. Aqui, a margem de tolerância é de 7º para mais ou para menos. No máximo 8º, se o Sol ou a Lua estiverem envolvidos. 

Vamos observar em qual contexto o trígono aparece:

Perceba na imagem acima que no caminho de evolução dos aspectos, que começa com a conjunção, o trígono surge após a quadratura. Então, após a crise de orientação e dificuldades ocasionadas pelas tensões da quadratura, vem o trígono como uma oportunidade de aprender com o ocorrido e expandir para novos caminhos.

Expandir para novos caminhos? Isso faz lembrar o grande Júpiter!

Curiosidade: a natureza jupiteriana no trígono

Júpiter está em seu domicílio acidental nas casas 9 e 12, além de reger os signos de Sagitário e Peixes. Então, no zodíaco natural, o Júpiter está a 120º de distância dos luminares Sol e Lua.

Como o grande benéfico do sistema solar, nessa interação Júpiter expande o centro do eu (o Sol) e amplia as nossas emoções (Lua). É exatamente essa sensação de crescimento natural que banha os trígonos formados por quaisquer planetas.

Apesar de toda a maravilha que logo imaginamos em decorrência disso, Júpiter e consequentemente os trígonos, também representam uma certa preguiça. Afinal, não há como negar que o ser humano tem uma tendência a se acomodar e, no pior dos casos, ficar só esperando o milagre acontecer sem fazer nada por merecer.

Esse é o grande risco do trígono: esperar a bênção de braços cruzados e perder grandes oportunidades que batem à porta, mas o indivíduo não se deu ao trabalho de abrir para ver.

Assim, ao contrário do sêxtil, que é prático, o fluxo de energia do trígono precisa ser ativado conscientemente. Além disso, tem mais um motivo que reforça essa ideia: os elementos.

Você deve lembrar que no sêxtil tradicional (tem também os dissociados), os planetas que formam o aspecto estão a dois signos de distância e que, portanto estão em elementos complementares (fogo/ar, terra/água).

Pois bem. No trígono, como estão a quatro signos de distância, estão no mesmo elemento! É por isso também que há risco de energia parada, inativa, pois não há um outro elemento para dar dinamismo, como uma água nutrindo a terra.

A energia de ação para a água correr, o ar circular, o fogo se alastrar e a terra se firmar depende da compreensão responsável da função daquele trígono no contexto do mapa natal.

Trígono dissociado

Assim como o sêxtil, existe a possibilidade de um trígono ser formado por planetas em signos de elementos diferentes! É o trígono dissociado, um aspecto mais fraco por estar no limite da órbita de tolerância (está longe de ser um aspecto exato de 120º).

Para os avançados em Astrologia

Trígono e sêxtil são excelentes ferramentas para ativar a vocação da pessoa. Saiba mais nesse outro artigo: A vocação no mapa astral

Dica: 

Os aspectos em um mapa não são formados apenas por planetas! Os outros pontos do mapa também podem fazer aspectos com os planetas (nodos lunares, partes árabes, lilith, ascendente, meio do céu, cúspides das casas…

Aproveite para se aprofundar também nos outros aspectos astrológicos:

Conjunção

Sêxtil – o aspecto de ação no mapa astral

Quadratura

Oposição

Com amor, com Deus,

Astróloga do Jardim