A Lua em oposição ao ascendente é um aspecto bastante marcante na vida do nativo que o possui. Isso porque, nessa posição, a Lua está numa casa angular, a sétima, e portanto visível já na infância, com impactos por toda a vida.
A casa 7 no mapa astral representa o campo de experiências relacionadas ao universo do outro e das parcerias que formamos ao longo da vida, notadamente as amorosas e profissionais.
O Ascendente, por outro lado, marca o início da casa 1 e se localiza no signo que estava ascendendo no horizonte no momento do nascimento. Em apertado resumo, o ascendente reflete a forma como nos apresentamos ao mundo e a primeira impressão causada nos outros quando entram entram em contato com a nossa presença.
É claro que a compreensão dessa imagem representada pelo ascendente não se resume ao signo que está, mas inclui os aspectos que recebe diretamente, o estado do seu regente e os aspectos indiretos.
Já a Lua é o símbolo das nossas respostas instintivas e emocionais, memórias antigas e profundas, a conexão com o passado. Nesse contexto, o luminar da noite revela também a nossa percepção pessoal da figura materna, principalmente na infância.
E a oposição é o aspecto astrológico que representa medos e barreiras de forma geral. A oposição sempre mostra um desafio específico que, se bem compreendido e integrado pela pessoa, tem o poder de transmutar em um motor de evolução.
Hoje vamos ver isoladamente as possibilidades de efeito da Lua em oposição ao ascendente, se esse for o caso do mapa que você está analisando.
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Nível: intermediário
Se considerarmos o início da casa 1 como a expressão natural da personalidade, temos a realidade de que a Lua em oposição ao ascendente de alguma forma se manifesta como uma provocação emocional.
A grande distância da Lua em relação ao ascendente é a representação viva de um distanciamento da figura materna durante a infância. Pode ser que a mãe não tenha transmitido muito afeto na primeira fase da vida, ou que não tivesse muito tempo disponível para o nativo. Há também a possibilidade de a mãe não manifestar aprovação de escolhas importantes para a pessoa. Enfim, de alguma maneira essa Lua reflete uma ausência emocional da figura materna. A intensidade disso tudo depende do estado cósmico da Lua e dos demais aspectos que esse luminar faz com outros pontos do mapa.
Consequentemente, e aqui podemos aplicar conceitos da constelação familiar, a sensação de segurança proveniente da figura materna ficou em alguma medida insuficiente, o que acaba por gerar gatilhos de compensação durante a vida para preencher essa lacuna de carinho.
Assim, curiosamente, essa pessoa pode apresentar dificuldades de relacionamentos afetivos, sem conseguir identificar claramente o motivo. O real desejo de se relacionar (afinal é uma Lua de casa 7!) entra em conflito com o fechamento do caminho para a entrada do outro no coração.
É como se o parceiro (efetivo ou potencial) percebesse de forma inconsciente que o nativo de Lua em oposição ao ascendente enxerga nele um substituto para a mãe que foi distante. E assim, sendo a substituição uma missão impossível, o vínculo afetivo na vida adulta não acontece em plenitude.
A bem da verdade é que o relacionamento desafiador com a mãe gera grande insegurança e sensação de vulnerabilidade, mesmo que negada pelo próprio nativo.
A pessoa pode sentir-se dividida entre o que sente e o que mostra ao mundo. Vive um desejo profundo de expressar as emoções internas e viver em comunhão com o outro, mas a necessidade de manter uma imagem pública mais estável pode ser avassaladora.
Assim, a oposição entre a Lua e o ascendente cria uma tensão entre o que se sente internamente e o que se projeta para fora. O encontro do caminho da harmonia dessa oposição acaba se tornando uma verdadeira busca interior de equilíbrio entre o que sente e como se apresenta.
Vivenciar a vulnerabilidade como uma oportunidade de crescimento e arriscar-se no envolvimento com o outro sem projetar os próprios medos é uma rica oportunidade de trazer à tona uma expressão autêntica. A reconciliação dessas tensões do conflito familiar é o processo que permite a experiência saudável de quaisquer relacionamentos externos.
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Com amor, com Deus,
Astróloga do Jardim
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Amante da Astrologia desde 2001. Astróloga profissional desde 2018. Tenho a missão de tornar esse conhecimento milenar acessível para todos com seriedade, integridade e amor.